Por que desenvolver a figura do professor mediador?

Por mais que o docente tenha uma vasta experiência em sala de aula e possua muito conhecimento na área, hoje é preciso ir além para mediar o conhecimento entre os estudantes.

Embora seja necessário manter-se atualizado em sua área de atuação, assume um papel que vai além da explanação sobre o tema proposto. O professor mediador precisa ajudar no desenvolvimento de habilidades e instigar o aluno a querer saber mais. 

Mas o que o educador precisa para ser um bom professor mediador? Veja características desse trabalho e dicas de como incentivar a capacitação profissional para essa nova etapa da educação.

O que é um professor mediador?

Quando se fala em metodologia ativa e na mudança do papel do docente, alguns acreditam que esse profissional perde a sua função. Esse desalinhamento de ideias é comum, no entanto, não passa de um grande equívoco!  

Assim como ocorre na aula expositiva, o professor mediador tem um papel fundamental no processo de ensino e aprendizagem.

A grande diferença entre as aulas tradicionais e o papel do professor mediador está em sua posição. Se anteriormente o docente era visto como o grande detentor do conhecimento, agora ele passa a ser um facilitador.

Cabe ao professor mediador, além de ajudar o estudante a traçar a sua trajetória de estudo e fornecer o material para isso, estimular o discente a buscar pelo conhecimento. Assim, é importante compreender que o aprendizado não dependerá exclusivamente do aluno. 

Ele resultará de uma grande parceria, entre docente e estudantes, em que o profissional ajudará o discente a buscar conhecimento e dará todo o suporte que ele necessita.

Vale lembrar que essa necessidade de mudança não surgiu do nada. É apenas uma adaptação à realidade dos alunos e de toda a sociedade. 

Afinal, as tecnologias digitais trouxeram uma grande mudança na maneira como as pessoas consomem conteúdos. Consequentemente, essas alterações influenciaram na rotina do ambiente educacional e isso precisa ser considerado na hora de ensinar. É nesse ponto que entra o papel do professor mediador que precisa atuar como:

  • facilitador;

  • incentivador;

  • motivador da aprendizagem.

Papel do professor como mediador

Caberá ao professor mediador ajudar a fazer com que a instituição de ensino seja um local adequado e propício à aprendizagem. Assim, além do conhecimento relacionado à sua área de atuação, o docente precisará desenvolver algumas características específicas, que serão importantes na hora do trabalho. Veja as principais!

Conhecer as teorias pedagógicas

Tendo em vista que não existe uma teoria que atenda a todos os objetivos, mas sim uma teoria pedagógica para cada objetivo, é importante que o docente conheça as principais. Além disso, deve compreender a implicação de cada uma no desenvolvimento do aluno.

Assim, o profissional terá condições de encontrar o melhor caminho, que permita amparar o processo de desenvolvimento. Ele também terá mais facilidade em lidar com desafios do dia a dia, como a desmotivação por parte do aluno e consequente evasão.

Estar atento ao mundo do estudante

O professor mediador também precisará estar pronto para compreender o universo dos estudantes. Dessa forma, conseguirá usar os saberes que o estudante já traz para o ambiente educacional para fazer com que eles sejam a ponte entre a vida e os conhecimentos que serão desenvolvidos nas atividades de sala de aula.

Saber incentivar o aluno

Caberá ao professor mediador conseguir instigar o estudante a buscar pelo conhecimento. Ele precisará estar pronto ao promover ações desafiadoras, de cunho investigativo.

Dessa forma, passará a ser visto como uma pessoa próxima aos alunos, que está disposta a ajudar.

Dominar diferentes estratégias de ensino

O professor mediador frequentemente atua com metodologias ativas. E, para que elas sejam aplicadas de forma correta e despertem o efeito desejado, é necessário que o docente as conheça e domine o uso de cada uma delas.

Estar pronto para se tornar um motivador

Por fim, o professor mediador precisa estar pronto para ser um grande motivador da sua turma. Assim, além de estimulá-los a procurar por conhecimento, o docente consegue melhorar as relações interpessoais e a comunicação com os discentes. Essa melhoria é de suma importância, visto que a comunicação de qualidade é essencial no processo educacional.

Como surgiu a figura do professor mediador?

Embora esse tema seja muito atual, pois a figura do professor mediador vem sendo cada dia mais necessária, o termo é antigo. Tudo começou na década de 70, quando a chamada “pedagogia progressista" começou a discutir a formação dos estudantes.

Tendo em vista que quem faz a sociedade são as pessoas, passou-se a discutir a necessidade da formação de cidadãos participativos. Também foi levantado o papel da escola na formação de indivíduos focados no aperfeiçoamento e na transformação da sociedade.

Para isso, o papel do professor também passou a ser visto de outra maneira. Era preciso estabelecer uma nova relação, como a existente na do professor mediador com os discentes. Assim, o profissional deixa o papel de abordar conteúdos e assume a função de provocar o estudante.

Dicas para desenvolver profissionais com perfil de mediador

Como visto, são muitas as habilidades que o profissional precisa desenvolver para se tornar um professor mediador. Por isso, a instituição de ensino superior precisa adotar ações que o ajudem nesse processo. Afinal, isso é importante para a empresa, na totalidade. Veja algumas dicas do que fazer.<

Investir em tecnologia

Para que o professor mediador possa atuar e estimular o docente, ele precisa ter as ferramentas certas. Para tal finalidade, a instituição precisa tanto investir em computadores e outras ferramentas, quanto ter uma plataforma online para a disponibilização de conteúdos.

Fazer uso das metodologias ativas

As metodologias ativas têm como base o protagonismo do estudante. Por isso, é importante que a instituição de ensino superior, pouco a pouco, as adote. Afinal, elas além de incentivarem a maior participação dos alunos, também oferecem benefícios como, por exemplo:

  • desenvolvimento de iniciativa;

  • estimula a autonomia;

  • aprimoramento da confiança;

  • valoriza o aprendizado;

  • melhora a capacidade de resolver problemas;

  • ajuda o estudante a sair do ambiente educacional mais preparado para agir na sociedade e, consequentemente, para o mercado de trabalho.

Promoção da cultura maker

Ela tem como base a ideia de que qualquer pessoa consegue construir, fabricar, reparar e alterar objetos. Foca em um ambiente de colaboração e transmissão. Em suma, estimula o estudante a desenvolver a sua própria tecnologia, o seu objeto ou a sua maneira de fazer as coisas.

Dar suporte para desenvolvimento das atividades

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